2017/05/31

Dia 2390


Se apaixonar é como voltar a ser criança. Você vê tudo com uma ótica diferente, é tudo novo agora. Você fica encantando facilmente e o inusitado te atrai. Existem cores novas, sabores, cheiros. A vida enfim, passa a ter graça novamente. Tudo que você espera e quer é um lugar para os dois longe de toda negatividade, longe de toda a maldade. Aonde o sol brilhe mais forte e a positividade transborde. A fronteira do infinito e do impossível foram quebradas. É isso. Triste é dizer que isso tenha prazo de validade em alguns casos e só os verdadeiros apaixonados que lutam para ter isso todos os dias realmente vão ser dignos de ter. As pessoas estão sempre terceirizando a própria culpa sobre o fim. Quantas vezes ouvi por ai "a culpa foi dele, ele era assim...", "a culpa foi dela, ela fez isso comigo". Mas e você? O que esta fazendo para dar certo? 
Todo mundo queria acreditar que o amor infinito era possível. Ela também acreditava nele uma vez, quando tinha dezoito anos. Mas ela sabia que o amor era confuso, assim como a vida. Tornava-se necessário que as pessoas não pudessem prever ou mesmo entender, deixando uma longa trilha de arrependimento em seu rastro. E quase sempre, esses arrependimentos levaram ao tipo de perguntas e perguntas que nunca poderiam ter respostas. Ela tinha uma inocência que era só dela. Por mais que se aventurasse pelo mundo, volta e meia ela soltava um sorriso gentil daqueles que não são todas as pessoas que merecem receber. Eu mesmo, sempre me senti constrangido cada vez que ela sorria assim comigo como se de alguma forma eu merecesse aquilo. 
A vida então ensina que estar apaixonado é realmente como ser uma criança e que essa felicidade tem um prazo de validade. Ela dura alguns momentos durante uma vida inteira. O que basta ou o que de verdade deveria bastar é a esperança que uma pessoa tem na outra de que em meio a esses momentos, não nos abandone. Que nos renove as esperanças de tempos em tempos fazendo com que tenhamos forças para continuar. Que nos abrace em meio ao nosso caos. Por fim, que seja alguém que não vá embora. Não ir embora: Ato de amor e carinho.

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