2016/06/12

Dia 2277


Ela... Ela chegou. Eu pensei que ela ia demorar pelo menos mais 10 anos. Mas não, ela já chegou. Ela esta aqui, agora. Nesse exato momento. Ouvindo Marisa Monte. Fazendo as unhas. Embolada no cobertor. De meias coloridas. Ela é a garota de meias coloridas. Ela gosta de sonhar com os pés no chão mas adora voar comigo. Tem gente que tem cheiro de chuva de verão. De cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava quando criança. De passeio no jardim. De passarinhos cantando. De ventania. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos a furia dos tempos pode cessar, nem por um segundo que seja. E então a gente ri alto que nem criança arteira.
Falar com ela me faz sentir bem, ela me faz esquecer dos problemas e do mundo. Com ela não há preocupações, nem há o que temer, dias frios não existem, com ela todo dia é verão. Ela literalmente esquenta aqui dentro. Chegou para equilibrar a minha mente e a minha alma. Ah, e sabe aquela velha história de coração partido em pedaços? Ela chegou com a cola e arrumou tudinho. 
Amar é ter uma explosão dentro de si e não ter medo de não sobreviver se tudo um dia ter um fim. Bonito é estar do lado daquelas pessoas que amam viver. Que fazem a noite ficar linda. Aquelas pessoas que te fazem sorrir mesmo á distância. Comecei a falar dela de novo. Nem percebo. Mas qualquer descrição limitaria e nunca é bastante quando se trata dela, sempre acaba faltando algum detalhe. Ela é só uma garota mas é cheia de universos particulares. O engraçado é que conforme vou virando as páginas dela, vou me apaixonando cada vez mais pela história. 
Veja só, eu que nem fumo te trago no peito. Eu, que nem durmo sonho com você todos os dias. Como faz isso? A noite estava tão linda, ela tirou a roupa e ficou mais linda ainda. O tempo parou e o sorriso dela era a coisa mais importante do mundo ali. Ela chora oceanos quando fala de amor e me abraça quentinho quando da saudade ela apanha. De um certo modo ela soube manter a calmaria em meio a tempestade forte. E quando ela ri, inocente eu, imagino os nossos filhos rindo igual á ela. 

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