2016/04/26

Dia 2251


Ele apareceu de forma inusitada, me pegou pela mão e me chamou pra caminhar. Nunca imaginei nada assim, tão puro, tão sincero, tão você.
Foi como a Bomba de Hiroshima, plantando radiação de amor com sequelas das quais não quero mais sarar. Deixar escorrer esse sentimento e que possa servir de exemplo para aqueles que ainda desacreditam, que já se feriram com bombas terroristas onde ficaram despedaçados, lançados nas sarjetas da vida, do mundo. Vou falar, esse amor existe e eu tenho um sabe. Aquele amor que faz você sorrir sozinha no caminho de volta pra casa lembrando o beijo de 5 minutos atrás, que vem na memória quando você abre os olhos depois de uma noite de sono, aquele, aquele mesmo menina!
Não sei se ele percebeu, mas fiquei encantada como ele falava. Acho que até me corei em alguns momentos, espero que não tenha percebido. Ele é tipo aquele homem dos filmes de época que vemos no cinema, todo "lord", calmo ao pronunciar as palavras e seus gestos são delicados, mas não aquele delicado afeminado, delicado com cuidado. Ele repara cada gesto que esboço, esses olhos me fitam de uma maneira única, que olhos...
Ele faz com que me sinta uma adolescente de novo, com meus 16 ou 17 anos, (e isso já faz tempo sabe, anos e anos passaram desde então), magoada fui demais mas hoje ele faz valer cada lágrima, cada espera, cada pedido á Deus, cada erro.
Estamos aqui tomando um café, a cada palavra observo suas feições. Você consegue me dobrar apenas da forma como penetra seus olhos nos meus, lindos olhos por sinal, já disse isso? E estou aqui na expectativa que esse café dure mais que 5, 10 minutos. Espero que dure a vida toda e que permaneça assim quente, que nada possa interferir na temperatura e que se vir a ficar gelado colocamos mais café ou um leite quente e que possa durar tempos e tempos, porque estou disposta, realmente disposta a viver tudo isso mais um dia, por mais essa vida.


Por: Raquel Paixão

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