2016/04/18

Dia 2246

Ás vezes tudo que você precisa é de alguém que te de algo novo para beber. Mas não digo um drink. É quando por exemplo depois de uma reunião acontece um café. Você pede seu expresso social sem leite. Aquele mesmo de sempre. A pessoa do seu lado pede Mate com leite. É tipo "Oi? Isso vende aqui?" Mas o que isso? É engraçado porque, de todos os cafés que já tomei por ai, com tantas pessoas diferentes e tantas histórias que já ouvi enquanto estávamos na companhia da cafeina essa foi a única vez que quis experimentar algo novo. E não foi apenas a bebida.
Eu sou viciado nessa energia. Se alguém quiser me encontrar pra conversar, por favor, que seja com um café. Eu ouço seus lamentos, seus choros, suas histórias, suas piadas e tudo mais que quiser. Eu sempre convidei as pessoas para um bom café. Sem intenção nenhuma. Apenas conversar, as pessoas não fazem mais isso. Não tomam mais café e nem conversam mais olho no olho. Isso é muito boêmio e eu gosto tanto. 
Aposto que o bar esta cheio, a balada mais ainda. São lugares onde as pessoas não se ouvem. E algumas delas precisam ser ouvidas.
Bom, mas eu tenho que dizer que minhas conversas de café sempre renderam boas risadas por fim. Pode ser o Starbucks da Paulista ou o do Analia Franco. Aquele pequeno dentro do Shopping Boulevard perto da Nobel. Aquele Fran's café que não existe mais na praça. Um no terminal rodoviário antes de pegar o ônibus de viagem. Ou o meu, feito em casa no coador e bule da minha mãe mesmo. Ah, tomei um recentemente na salinha de espera nos lados do meu futuro. Quando o futuro chegou, o café ficou até mais doce.
O que eu quero dizer é que não é que você tenha que largar aquela noitada barulhenta em um bar na Augusta. Eu gosto também das luzes de lá. Mas uma hora ou outra, você vai precisar de um café. E ai você larga os copos da balada pra segurar a mão de alguém. 


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