2016/03/27

Dia 2227

Sempre achei que a felicidade seria uma pessoa, que quando eu encontrasse a tal “pessoa certa” eu seria feliz. Passei muito tempo procurando, digo, muito tempo mesmo, que na tentativa de encontrar com a felicidade eu apenas me machuquei, me feri e fiquei mais triste do que feliz […] A felicidade é isso cara, a felicidade é uma pessoa sim, mas não é qualquer pessoa, a felicidade é você. Você que tem que se fazer feliz. É apenas você, ninguém chegará pra você e dirá “Tome aqui sua felicidade, agora seja feliz”. Pra ser feliz isso depende de você, apenas de você e de mais ninguém.
E aí, só depois disso você pode e tem permissão de fazer outra pessoa feliz. Porque não tem nada mais atraente em outra pessoa do que ver a felicidade que ela carrega consigo. Somos egoístas, olhamos isso e pensamos "eu quero!". É simples assim.
Você precisa ser capaz de olhar o que não se olha mas que merece ser olhado. As pequenas, as minúsculas coisas de gente anônima, de gente que os intelectuais costumam desprezar: esse micro mundo é onde eu acredito que se alimenta de verdade a grandeza do universo e, ao mesmo tempo, ser capaz de contemplar o universo através do buraco da fechadura, ou seja, a partir das pequenas coisas. Ser capaz de olhar as grandes, os grandes mistérios da vida, o mistério da dor humana mas também o mistério da persistência humana. Nesta mania, ás vezes inexplicável, de LUTAR por um mundo que seja a casa de todos e não a casa de pouquinhos e o inferno da maioria.
Acho que, se aprendi algo esse ano, foi que posso fingir ser quem eu quiser, mas quando se trata de amor, amor verdadeiro, é melhor ser você mesmo.

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