Ela estava fervendo. Eu estava dentro dela e sentia como se existisse o próprio verão entre as pernas. Estava tão molhada que escorria por entre as coxas dela. O único detalhe daquela garota que estava debaixo de mim agora e ela não sabia era que eu me apaixonei pela alma dela antes de me apaixonar pelo corpo.
O gosto dela nos lábios da última viagem com minha boca entre os prazeres de duas pernas abertas. A presença dela ainda no meu colo sentada, tentando sussurrar palavras em meio a gemidos interrompidos por orgasmos. Ela já suando pelas costas enquanto tremia e sentia.
Depois da foda eu sempre dava um beijo nela e dizia como ela era linda. Depois de fazer amor, deitávamos juntos de roupa de baixo até pegar no sono. Eram noites em que eu a protegia de qualquer ameaça exterior. Dentro dos meus braços, era a armadura dela.
Ela me disse uma vez que a gente é o que quiser ser, e que não precisamos dar nome a isso. Tudo pode ir embora amanhã. Tanto as cores, tanto as flores, tanto as dores, tanto os amores mas pela primeira vez eu quis ficar. Quis ficar para ver a garota que dorme na minha cama. Ela ta inteira sabe? Só tem medo que partam o coração dela, de novo. Mas meu bem, amanhecer é a maior lição do universo nos ensinando que da para começar de novo amanhã. E é um começo lindo de se ver.
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