"Boa noite". "Dorme bem". "Me chama qualquer coisa". "Eu te amo". São coisas dignas de se sentir saudade quando acabam.
Mas se eu te abraçar, por favor me segure. Quando eu achar que chegou aquela hora de se afastar, me puxe e continue me abraçando. Você é baixinha, fácil, fácil consegue cruzar os braços no meu pescoço. É um ato tão bonito quem faz isso e uma cena tão bonita quanto.
E antes de qualquer coisa, me desculpe. Eu sou um cabeça de vento. O que eu quero? Apenas sorrir ouvindo as tuas teorias confusas. Te abraçar enquanto você me absolve das coisas que a vida me acusa. Sentar do teu lado e ter o teu calor junto ao meu. Acreditar que você não é Julieta e nem eu Romeu.
E quando estivermos longe, lembrar do teu sorriso descendo desengonçada do ônibus e o último degrau sempre um pulo. Brigo que demorou pra chegar, mas é só saudade me batendo aqui dentro. Ás vezes é ruim apanhar tanto.
Eu estava sem óculos. E mesmo distorcido, aquele sorriso continuava lindo. E de vez em quando deixo o coração ficar sério demais e perco alegrias, abraços e surpresas agradáveis. Já disse que sou um cabeça de vento? Ás vezes não sei o que dizer. Então...
Boa noite, dorme bem, me chama qualquer coisa e eu te amo.
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