2015/10/18

Dia 2154

Geração bonita, da alma feia eu tenho algo para falar.
Sou aquela pessoa que ajuda geral, mas ninguém percebe quando eu vou desabar. Por isso escrevo. Escrever é um ato silencioso, concentrado e particular. Desligo os ouvidos para o mundo. O escritor é um grande viveiro repleto de pássaros raros e aflitos pela liberdade. E as palavras, são a via necessária para alcançar as nuvens. É isso que eu faço todos os dias. Prefiro escrever do que falar. Então, perante a vida, eu me silencio, assim, posso me manter atento para ouvir os passarinhos.
Escrevo um emaranhado de palavras, que juntas formam uma confusão maior do que as que quero lhe contar. Escrevia coisas sem sentido, aleatórias e tristes. Outras vezes eu escrevia para alguém que nem se quer conhecia, eu só escrevia. Escrevia coisas lindas para ninguém ler.
Quando elogiam seu café, quando falam que você esta mais bonito ou até que o caimento da roupa naquele dia ficou perfeito... Essas coisas, elas levantam a gente. É estranho, mas as coisas boas e os dias agradáveis são narrados depressa, e não há muito que ouvir sobre eles, enquanto as coisas desconfortáveis, palpitantes e até mesmo horríveis podem dar uma boa história e levar um bom tempo para contar.
Quando é que vamos cair na real e começar a olhar nos olhos pra conversar uns com os outros sobre as coisas mais bonitas do mundo ao invés das mais feias? O impacto do amanhã é o que hoje você engatilha no decorrer do dia. Viva como se não fosse durar os momentos que já duraram.


Nenhum comentário: