2015/06/01

Dia 2105

Era uma tediosa manhã de segunda-feira. As pessoas estavam prestes a voltar às suas tarefas rotineiras: trabalho, escola, faculdade, etc. Cada um se ocupava do seu jeito para tentar livrar-se do tédio. O domingo já não havia sido muito bom, e eu ainda teria que aturar toda aquela baderna matinal? De jeito nenhum! Coloquei a droga do travesseiro no rosto tentando esquecer aquele barulho infernal e voltei a dormir. Dormi o restante do dia sem nenhuma preocupação, só levantei da cama para tomar uma xícara de café e fumar um cigarro, nem me preocupei com as horas. Dormir era a única coisa que me salvava daquele mundo psicótico que existia lá fora. Levantei e tomei meu café que por sinal estava amargo e forte. Nada muito diferente dos outros dias. E pedi, sei lá, pedi pra vida ser mais doce.
Não consigo viver num mundo em que todo mundo quer derrubar todo mundo, talvez seja por isso que a minha noção de viver esteja cada vez mais deplorável, talvez seja por isso que eu não saia muito de casa, não suporto ver o sorriso irônico das pessoas na fila do supermercado, nos bancos da praça, nos corredores da escola, em todos os lugares. As pessoas estão se tornando cada vez mais arrogantes, pensam que são melhores que as outras e eu enxergo um olhar tão vazio nelas, percebo que são todas cheias de nada.
É frustante chegar em casa e perceber que esqueceu a vida num banco de ônibus. 

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