Tudo depende da importância que você dá. Dou importância pra tanta coisa nada a ver que... Só eu entendo.
Eu quero as coisas mais simples, uma cochilada de tarde e um cachorro que dispute espaço aos pés da cama comigo. Afundar o pé na areia, não sei porque mas gosto muito disso. Queria que o celular tocasse menos, na verdade queria não me importar em não ter um celular mais. Um beijo demorado com abraço apertado. Queria aprender a tocar pelo menos uma música inteira no violão.
Acordar cedo, mais cedo do que de costume para caminhar. Caminhar e não correr. Queria silêncio, sinto muito a falta do silêncio. Também um por do sol lindo, sim, o mais lindo do mundo. Deitar no chão do quintal para ver as estrelas, do apartamento não da para fazer esse tipo de coisa.
Queria entender menos as coisas que Gabito Nunes diz, porque ando entendendo muito do que ele fala. Isso é um problema? E sabe mais o que eu queria?
Queria tirar uma fotografia que me orgulhasse. Que me orgulhasse tanto que a revelaria. A revelaria só para guarda-la. Guardaria para que meus filhos ou netos a encontrassem algum dia. Aquela fotografia velha meio amarelada exatamente como encontrei as dos meus pais e avós um dia desses. Só pra que soubessem que há história, uma enorme historia por trás daquele momento pausado eternamente em um pedaço de memória palpável. E dar risada até doer? Faz tempo que não acontece. E chorar? Anda acontecendo muito. Muito mais do que eu gostaria.
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