2014/05/27

Dia 1862

Sempre fui fã das pessoas que são o que são. E bem, esse sou eu. E eu não valho grande coisa. Na verdade nos ultimos tempos não ando valendo bosta nenhuma. Mas pelo menos eu assumo isso. Não abraço a apatia e nem me finjo de santo. Sabe, não sei ser uma coisa na frente da minha familia e amigos e de alguém próximo sou totalmente diferente e mostro meus demônios. Porque se quiser saber onde estão os verdadeiros vilões das histórias, que tal olhar pra dentro de si mesmo?
Presenciei por várias vezes pessoas que confiaram em mim pra se mostrar realmente ao que eram. Porque sabiam, que eu, por ser esse grande imbecil que não julga por atos nem por palavras, que só julgaria por falta de sentimento me contaram seus piores segredos. Então, eu, por sorte ou azar acabava conhecendo tais pessoas mais do que qualquer outro. Conheci a jovem que esperava os pais sairem de casa pra levar o carinha descolado pra cama cheia de bichinhos de pelucia mostrando a inocência. E que inocência hãn? Conheci outra que se aventurava na garagem do prédio fazendo um oral pro cara do 83 A. Uma outra que escondia baseado no quarto pra não deixar ninguém pegar e continuar sendo a garota dos olhos da mamãe. Mas que bonitinho!
Sabe, eu confio em todo mundo menos no demônio dentro de cada um. Ja disse isso uma vez aqui. Mas quer saber o que é mais ironico? É que quando sou o demônio para proteger de males que eu mesmo criei, acabo sendo julgado por aqueles malditos olhos julgadores e cara, não tem nada mais hipocrita. Fazer o que? Pregos em minhas mãos são presente do meu Criador, certo?
Terceirizar o demônio é mais facil que exorciza-lo. Foi sempre assim.
Isso não é algo inspirador. É um desabafo perturbador e doentio. Mas que agrada muita gente.

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