2014/02/01

Dia 1743

Então a gente desceu na estrada. O caminho eu ja sabia. Entramos na mata. Não era muito densa e dava um visual legal por aquele sol invadindo as arvores, deixando as folhas de verdes para amareladas com o reflexo da luz. A trilha era bem bonita. 
E as nossas botas batidas. Enfeitadas com terra e historias.
O bom é que eu não precisava instigar nada do espirito aventureiro dela. Era livre por si só. 

A porta da frente rangia um pouco, entramos e colocamos nossas coisas. Da janela, parecia um horizonte infinito entre as montanhas que se gritássemos ali do alto parecia que o eco iria se propagar no espaço sem fim. Ficamos la dentro pra aprender a ser um pouco do lugar. E fizemos café. E fizemos amor. E ficamos deitados. E nos aproveitamos. E batemos o batente da porta pra se apoiar. E fizemos sexo. E trepamos. E ficamos em paz. Criamos uma historia toda nossa dentro daquelas paredes e nós e apenas nós vamos saber o que aconteceu. É o tipo de coisa que morre com a gente. E pra sempre lembramos. O tempo pode passar, novas lembranças aparecer mas, a gente nunca esquece. 
Pearl Jam - Just Breathe toca na radio. Parecia tanto a nossa musica. Sabe? Daquelas que você escolhe 'Vai ser nossa trilha sonora". E soubemos espalhar nossa alegria. E fizemos por onde ficarmos alegres. Porque estavamos longe o bastante pra saber da existencia de só nós dois. E que nos completavamos. Acho que todo casal deveria fazer isso uma vez ou outra. Saber o que realmente faz parte deles dois. E se puderem conviver com tudo isso, que dure pra sempre. 
Eu sabia que ela era a minha garota. Eu sabia que aquele era nosso lugar. Eu sabia que eu estava feliz porque me sentia feliz. Sabe como é isso? Olhar pro olho de outra pessoa e enxergar tudo o que você mais quis na vida?

Ali, eramos donos do mundo. Eu e... Ela.

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