2013/10/21

Dia 1634

 Ela tinha uma bagagem cultural muito grande. E isso foi uma coisa que realmente sempre me fascinou. Idéias muito mais do que peitos e bunda. Sexo é bom, mas acompanhado depois de uma boa conversa é sempre mágico amigo. Eu podia sentar e discutir com ela filmes, música, livros e séries. Sobre o blues e sobre a bossa nova. Sobre culinária também, mesmo que nesse ramo a gente não fosse tão bem. 
Puteiros, casas de acompanhantes, farra com os amigos, bebedeiras, bares, brigas, pancadaria, drogas, embriaguez total... Eu tive tudo um pouco. Foi uma parte conturbada da minha vida, tenho que admitir. Estilo Charles Bukowski. Mas a calma que encontrei na voz dela irmão, não tem igual. 
A calma, a paz... Chega desse periodo parecido com Laranja Mecanica. Ou dessas historias fantasmagoricas que minha cabeça criava. Eu quero mesmo é deitar na grama do parque com ela deitando sobre minha barriga enquanto a gente sobre tudo, qualquer coisa ou... Coisa alguma. Eu só quero estar la com ela. Tirar algumas fotos pra se lembrar depois, mostrar pros filhos, netos, bisnetos. Quero me divertir muito com ela na cama, no chuveiro, no chão, na varanda e nos meus pensamentos.

Quero que ela saiba que vou estar la quando a bolsa estourar, quando o bebê chorar, quando a companhia ela precisar. Sabe, se você quer saber se pode casar com alguém, fique com ela dentro de casa quando a luz acabar. Se esse fato não alterar em nada o humor ou a companhia de vocês então, bem... Então vocês podem fazer qualquer coisa, qualquer hora. Vamos viajar, de carro, de onibus, de avião. Brincar com os palitinhos da comida japonesa, com a agua que babei na hora de rir, com aquele chocolate do brigadeiro, com o som engraçado da sua risada. 
Não sei o que ela fez, mas ela fez alguma coisa. Ainda bem que fez.

Um comentário:

Anônimo disse...

Primeira vez no blog...to amando os textos! PARABÉNS