2013/05/31

Dia 1531

Uma aula de história.
Isso tudo começou a alguns anos atrás. Ainda estava no colegial, nada na cabeça. Apenas muitas palavras e lugar nenhum pra organizar todas elas. Nem lembro direito se eu tinha 14 ou 15 anos. Aquele tempo era muito doido. Muita coisa aconteceu desde então. Começar namoro. Terminar namoro, arranjar emprego e todas essas coisas de adolescente. Mudar de emprego, fazer mais alguns aniversários. O tempo pega qualquer um brother. Não tem jeito de escapar. E eu já foi as contas de quantas noites perdi pensando nisso. 
Mas é foda manter a mente aberta para uma nova concepção. Dai a gente muda. Se adapta. Aceita o inaceitável. Arranja um jeito de superar aquilo. Seguir em frente e acreditar em todas essas baboseiras de livros de auto-ajuda. Fingir que esta tudo bem quando na verdade esta tudo uma merda. Por que todo mundo sabe ou a maioria pelo menos, quão foda é fingir ser o feliz quando esta tudo desabando do lado de dentro. Somos perfeitos estranhos, já dizia o Deep Purple.
Bom, os anos se passaram e acabei me tornando um velho de 21 anos. Não sou mais engraçado. Acho que nunca fui. Fiquei chato pra cacete. Nem eu me suporto. Por isso eu leio. Pra não perder tempo reclamando de tudo. Tudo. Talvez eu seja apenas um eco no tempo. Perdido em voltar no relógio. Eu acordei? Ou eu nem dormi ainda? 
Ainda falo palavrão pra caralho. Ás vezes acontece, da merda. Dai eu penso "É a vida porra". Porque não é nada fácil concretizar os desejos mais secretos e chutar o balde. Então a gente vive ou faz de conta. 
Deixei o passado para viver o presente, deixei as mágoas para viver em harmonia, deixei os de má fé para encontrar os verdadeiros, deixei tudo o que me fazia mal e encontrei a paz.
E agora tudo acaba de mudar novamente. Uma esperança nasce junto com um novo ponto de rota a seguir. E o caminho? Incerto. E as duvidas? Se esvaiaram no vento. E a poesia? A poesia permanece. 
Não pinto mais o rosto e saiu por ai fazendo os outros acharem graça do simples. Acho que não consigo mais esse tipo de proeza. Agora eu só escrevo. Só escrevo. Escrevo... Pra quando eu me for, pelo menos as pessoas vão se lembrar do que eu disse. Por que não faço questão de se lembrarem de mim. Mas por favor, lembrem-se do que eu disse. Se eu disse era importante. Era importante. Foi. Já não é mais. 
Um minuto no meio de muitos outros. Sempre fez a diferença.

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