2013/03/11

Dia 1460


E todas aquelas coisas que confessamos naquela noite de chuva na sua cama. Estamos indo, estamos indo. Quero fazer amor, durante o dia, a tarde, nas madrugadas e nas horas livres do teu trabalho também. Quero você na minha cama, presa de preferencia, para que não saia dali. Quero te beijar, sempre que eu desejar, ou seja... todo segundo. Quero te tocar, tocar teu corpo todo, quero te dar prazer.
Telefones tocam, bocas mudas, olhos gritando.
Ela acorda cedo. Mas não sabe se vai ou fica. Ele liga a TV no canal predileto. E aperta o botão até dar a volta ao mundo da televisão por entre os canais. Ela sorri, e ri, e fecha a cara. Ela vive em um leve estado de lucidez inconsciente. Pega o telefone e pede uma pizza de calabresa. E de chocolate. E Romeu e Julieta. Diz ela que “é pra agradar a todos os gostos que existe em mim mesma”. Ela me liga. E desliga. E retorna a ligação. Diz que me odeia e não consegue viver sem mim. Diz que sente a minha falta, mas que se sente bem, estando longe por essa noite. E se irrita com o meu riso. E se delicia com o meu riso. Ela não sabe o que quer... Ou sabe até demais.
Gabito Nunes disse uma vez: "Ela só precisa sentir que não há com que se preocupar, você tá ali e tal.”
Ela gostava de como eu escrevia. Por que ela lia com o coração e entendia com a alma.


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