2012/09/27

Dia 1286

Uma vez eu conheci uma garota do sul. Ela dizia: "A vida não é nada complicada". Ela tinha uma palidez só dela. Tinha rabiscos pelo corpo magro e desenhado. Gostava de skate e Jazz. Havia um simbolo desenhado em um lugar escondido do seu corpo que ninguém o veria até então.
Ela gostava de brincar com a ironia e o sarcasmo. Juntava dinheiro mas não sabia o que comprar. Não conhecia Gabriela Sabatini mas eu amava o perfume que ela usava. Tinha o cabelo escuro, escuro... Como o pedaço do infinito no espaço. Ela dizia: "Pensamentos turbulentos em mentes inconstantes são como armas quimicas."
Ás vezes ela tragava um cigarro barato, tentando comparar algo com o seu amargo coração. Queria conhecer o mundo mas não tinha paciência nem de virar a esquina. Gostava de listras e fotografia. Do diferente. De um violão que só aprendera dois refrões.
Contava estrelas a noite e engolia nós na garganta. Brincava e brigava com seu cabelo. Ela até me confessou coisas, coisas que não da para esquecer assim tão fácil. Na verdade, ela não sabia ao certo o que fazer da vida, mas estava já cansada de não fazer nada. Aquela história de querer fugir mas não saber pra onde ir.
Ela é a mais incrivel que eu conheci. E naquele dia, me disse tudo que eu sempre esperei ouvir de alguém, mas nunca ninguém soube disso. Talvez, ninguém nunca vai saber.

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