2012/04/07

Dia 962

Diga-me mais, diga mais... Algo surpreendente. De verdade.
Havia sangue no meio daquele sentimento. Era um ematoma recém criado. E todos ali, conseguiam fazer poesia em meio ao tormento. Em meio a desgraça.
Estão todos mortos, só não sabem ainda. Mas eu gosto de você. Na verdade, eu amo você. Mas há tanto sangue nos meus olhos, não consigo ver mais nada. Preciso sentir, sentir mais perto. A gente não entende aquilo que não sente. Você tem que dizer aquilo que está sentindo quando realmente estiver sentindo.
Forcei fingir normalidade. Mas minhas pernas tremeram, o sorriso morreu e meu olhar se perdeu. E o que você esta esperando para continuar viva?
Cuidado, o inferno fica debaixo de nossos pés. Um passo em falso e a gente queima. Pode se salvar pequeno anjo?
Eu vi o amor queimar em meio a mentira. E as luas desapareceram com o vento. A desgraça extingue ódios e invejas. E o teto de nossas casas acabaram de desabar. E aqui estou eu parado. Sem expressão alguma, em sua frente, sem nenhuma vibração interna. Sem sentimento. Simplesmente tudo morreu. Diga-me por que as aranhas e os corvos apareceram. Por que tudo esta podre e morrendo.
Santos e pecadores, devoradores de divindades inexistentes. E o fim da esperança. Pesadelo fantasmagorico. Foi quando toda a diversão acabou, e eu fiquei ali, parado, intacto, esperando sentir, alguma coisa, qualquer coisa... Vão levantar as cruzes e os crucifixos. Vai ficar tudo negro e eu vou dormir. Eu ainda vou sonhar pela manhã.
Pequeno passo, longa queda... Grande erro. Foi um erro fácil de cometer.

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