Será que se eu gritar aqui, no meio do escritório cheio vão notar? Ou será, que se eu gritar no meio do vagão do mêtro lotado, irão perceber?
Vai ver eu só tenho um monstro dentro de mim, que esta me matando. Parecem que ele vai mastigando um pedaço de mim todos os dias.
Ele faz com que eu já tenha decorado os caminhos e tudo se torne tão chato. O caminho da minha casa pro trabalho, do trabalho pra casa. E também, todas as coisas que tenho que fazer. Pagar as contas, fazer compras de casa, ver o calendário todos os dias... Todos os dias, isso é tão rotineiro, tão burguês, tão chato.
E as pessoas vão adorar falar disso. Por que eu sou do tipo de cara brilhante. Mas não é brilhantismo por talvez fizer uma conta rápida ou fazer uma função de determinado departamento bem feito. É um brilhantismo por entender todo esse mundo lá do lado de fora. Eu sei do meu potencial. E sei também que irão dizer que eu o desperdiço nos meus refrões, na minha poesia barata e nos meus acordes. Mas se for assim, eu perco um pouco de vida em todas essas linhas.
Quem nunca quis soltar aquele berro no meio de todo mundo, pra saber se alguém de todos ali, iria entender o motivo desse grito?
Se eu posso sonhar que estou em um lugar diferente, fazendo coisas diferentes... Será que consigo ser uma pessoa diferente?
Vai ver eu só tenho um monstro dentro de mim, que esta me matando. Parecem que ele vai mastigando um pedaço de mim todos os dias.
Ele faz com que eu já tenha decorado os caminhos e tudo se torne tão chato. O caminho da minha casa pro trabalho, do trabalho pra casa. E também, todas as coisas que tenho que fazer. Pagar as contas, fazer compras de casa, ver o calendário todos os dias... Todos os dias, isso é tão rotineiro, tão burguês, tão chato.
E as pessoas vão adorar falar disso. Por que eu sou do tipo de cara brilhante. Mas não é brilhantismo por talvez fizer uma conta rápida ou fazer uma função de determinado departamento bem feito. É um brilhantismo por entender todo esse mundo lá do lado de fora. Eu sei do meu potencial. E sei também que irão dizer que eu o desperdiço nos meus refrões, na minha poesia barata e nos meus acordes. Mas se for assim, eu perco um pouco de vida em todas essas linhas.
Quem nunca quis soltar aquele berro no meio de todo mundo, pra saber se alguém de todos ali, iria entender o motivo desse grito?
Se eu posso sonhar que estou em um lugar diferente, fazendo coisas diferentes... Será que consigo ser uma pessoa diferente?
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