2011/09/09

Dia 653

Eu já fiz de tudo no meu cabelo. Já cortei curtinho, já fiz espigadinho. Já deixei longão, já deixei bagunçado, meio armado, sem ser lavado... Já raspei careca, deixei baixinho e até cortei ele sozinho.
Comecei a ver, que todas aquelas mudanças eram estranhas. Mudei minhas feições centenas de vezes. Agora decidi. O que crescer, cresce.
Assim como o que sentimos. Não adianta eu querer mudar todas as coisas sendo que o que realmente eu viso em mudar, não muda: Eu. Mudanças ás vezes são essenciais, mas também cruciais. Quando há mudanças, a maioria decide te olhar com outros olhos. Por que parece que é mais fácil ver tudo como sempre é. Quem se arrisca a ver um pouco além...
E sempre foi assim. Sempre tive minha janela a parte desse mundo. Onde tudo que eu queria mesmo ver e mesmo sentir ia para lá, pra minha janela. Na minha janela, não tem espaço pra esse pequeno mundo vazio. Nem muito menos para a contradição de querer participar da minha janela. Por que assim como os olhares, há quem pense que pode participar disso tudo, mas na verdade é apenas mais um querendo participar de uma minoria. A minoria do mundo, que enxerga tudo como tudo deveria ser.
Talvez seja um crime não mostrar meu mundo para todo mundo. Mas sim, deveria ser crime todos participarem do mundo como ele não é.
Ás vezes odeio as coisas que escrevo, por que ás vezes elas parecem de verdade. Tão de verdade que acabo vivendo cada linha. Mas, e se eu quebrar a ponta do lápis?

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