2010/03/06

Dia 278

Eu consigo ver o mundo em uma pedra. E a chuva só me desfaz.
Ás vezes penso que meu teto irá desabar e não vai ter ninguém para construir. As coisas que eu amei, as coisas que eu perdi. As coisas que eram sagradas para mim e que eu abandonei. Eu não mentirei nunca mais, você pode apostar. Eu não quero aprender o que eu precisarei esquecer.
Eu gosto de estudar rostos num estacionamento. Eu gosto de música gospel e aplausos gravados. Eu gosto de martelar pregos e de falar em outras línguas. Porque isso não me faz lembrar de nada. Eu gosto de brincar na areia, o que é meu é nosso. Se isso não me fizer lembrar de nada.
Então eu vou rezar, aos deuses e aos anjos. De maneira livre eu confesso, que estava perdido nesse livro cheio de morte. Confessar tudo parece tão perigoso. Só um pouco já seria o bastante. Mas você nunca disse todas as palavras em sua cabeça. Como se o seu coração estivesse morto. Bem, agora ele está sangrando e partido. Como um pagão, dividimos nossas dividas com sangue e vinho. E por todos que podem me levar ao céu.
Eu acho que sei o que é isso. É aquilo que os demônios chamam de tormento infernam. Que os anjos chamam de alegria celestial. Já nós, seres humanos simplismente chamamos de amor. Conclusão: não somos demônios nem anjos, apenas amamos. Então... faça sua parte. Ame de corpo e alma, mesmo que depois esse amor acabe. Aproveite cada momento, cada segundo do seu viver mesmo que seu viver não dure para sempre.

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