2009/10/09

Dia 80

Eu tô chegando em casa. Faz um puta frio na rua hoje! Tô cansado pra caramba e já ta tarde mas finalmente chego em casa. Nem é ruim e nem é bom, mas é a minha casa. Enfio a chave na fechadura e giro e nesse instante eu percebo: é na minha casa que eu estou entrando.
Entro com um pé, logo seguido do outro e encosto a porta. Parado ali mesmo, dando uma boa olhada no campo de visão que meus olhos alcançam. 360° é o que eu faço com meus olhos. Todas aquelas paredes brancas me cercando e tudo tão limpo. Me dou conta que já entrei, então jogo as chaves em cima da mesinha que tem na entrada, onde também há um vaso de plantas. Só não sei que plantas são, mas são bonitas. A casa tem um cheiro bom, é quente no inverno e fresquinha no verão. Tão limpa, tão limpa que posso até comer no chão. Não ligo! Da janela da para ver a vizinhança, uma rua tranquila vista pela persiana. É a minha janela de mundo!
Eu sempre imagino essas cenas na minha cabeça quando me imagino no futuro, voltando do trabalho e indo pra casa. São as poucas coisas que imagino de um futuro. Não gosto muito de pensar em futuro, ele sempre acaba mudando. A um tempo atrás era outro futuro do futuro que vejo hoje e amanhã vai ser outra visão de futuro. É uma mudança constante.
O futuro muda, por que ás vezes estamos em uma rota de colisão e nem sabemos. As coisas acontecem e outras mais acontecem e estamos envolvidos nesse tempo todo e nem sabemos. Por isso dizem que o futuro é incerto. Até os seus próximos 10 segundos são incertos, mas e dai?
São as minhas chaves, é a minha mesa e é a minha casa!

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